Postagens

Mostrando postagens de 2010

Ecos

Na minha inexatidão, passeio pela curva das dúvida, pela transparência da mentira que inventei pra me aceitar. Não sou santa...nem perfeita; e quero o mundo. Rabisco fronteiras finas com giz de cera quebrado. Minh'alma labirinto não cabe em mim e eu, no meu eu, me afundo Jogo dados no infinito, aflito destino que me cerca, maldito tempo que resseca a pele.

Boomerang

vai. te prender é algo que eu não faria. vem... eu aceito. vai, porque você aqui dói. vem, já que você longe dói mais. vai! não suporto a indecisão! vem, porque a suposição, na sua ausência, me mata aos poucos... vai. não te quero mais! mas...vem, porque eu não te quero menos... aceito o vai e vem. o foda é que desde criança eu  sempre soube que boomerangs são capazaes de decapitar pessoas.

o que escorre

Se chove o cheiro muda o ar umidece a rua esvazia minha boca emudece. E o novo, de novo, não sei se quero mais. O passado é tão mais seguro... e o que tem em mim de obscuro eu reinvento. Pensamento vai se esvai em asas loucas conexões absurdas vozes roucas frases curtas vento na pele desmancha o suor do meu esforço pra esquecer. Me reinvento sozinha sem arrependimento. Me molho da chuva me escorro com ela... Arranhando meu corpo no caminho, as marcas ficam. Me deixo estar, então. Que seja!

Nerd (era assim que eu te chamava quando não sabia seu nome há 14 anos atrás)

Na minha história existem fatos que são marcos revolucionários. Não te quero hoje, nem te quero mais. Só tenho saudades do que eu já senti por você. Incrível como dói aceitar o fim do sentimento. Não dá pra descrever sua importância na minha vida nem entender o tipo de amor fraternal que você ainda provoca. Meus poros, porém, já não mais se encaixam nos seus.

subjetivo concreto

Ah! mas eu vou! e vou de ônibus... Essa minha vida vista da janela de um carro, a rua que eu não conheço mais... tudo é vulto e música sem vivência que toca no meu auto falante quebrado. Sei lá... hoje eu acordei com uma saudade de mim e com a vontade mais intensa de todas de juntar os meus cacos. Tô quebrada há uns anos já... As pessoas vêm e sempre vão. Cada uma delas me constrói e me destrói. e nem são só elas... Teci um castelo de sonhos inconscientes, de fatos conotativos e insensatos mas tão lúcidos que até então não percebi.... Até um minuto atrás a lucidez, a meu respeito, não fazia parte de mim... e eu sei que ela vai embora. mas, agora, quero gritar pro mundo que eu, hoje, saio de ônibus.

Histórias de Caroço

Do meu passado cavei um poço. Fechado, lacrado, sem fosso. Límpido, sem merda, nem cerdas, nem súbito. Eterno, sincero e único. E cavei com uma pá de sonho. De concreto, não tem nada. Lembranças são aumentadas por ideais limitados... A sua imagem formatada limpa, por mim, de seus defeitos. E que, assim, permaneça! Por você não pago o preço de te chupar até o osso correndo o risco de morrer de indigestão tal qual caroço de azeitona vomitado por bêbado de amor que engoliu o mundo pra se moldar em favor do sonho que julgava perfeito... E eu não te mereço. Só, mergulhei no ínfimo do oceano inteiro que é você. E, sinceramente, não sei se quero pagar pra ver... Vai que meu mundo desmorona e a gente, ao invés de rimar, se desencontra se descongestione e deixe de existir... e....você, eu já defini como único. Isso eu não quero perder... Não vou arriscar pular, quebrar o pescoço, me perder feito caroço de azeitona em boca de banguelo. O f

liberdade

Dar conceito é menosprezar, é se ater ao mínimo, reduzir ao ponto de secar tal qual árvore que nunca existiu mais que broto. Não deu sombra, não deu frutos nem sementes... nem madeira para simular sonhos em forma de balanço que fica ali, na família, por gerações... no galho de  outra árvore... Hoje, pra mim, ser livre é arriscar... e eu sou cativa do meu próprio medo. Não quero secar agora... pouco do meu verde não foi visto, sentido ou percebido nem por mim. e...eu quero ver a luz, quero me esconder no escuro tendo a certeza de ser, de novo, iluminada em seguida. Quero ter vida, sorrir de forma sincera e sem promessas de ser assim pra sempre. Quero florecer na primavera sorrir pro mundo em forma de flor, em cheiro de flor, com beijo de pétala no vento e lágrimas de chuva. Quero deixar de ser cativa do meu medo e ser cativada pelo meu sonho...

Vida

Se fosse para descrever o interno de mim a palavra mais forte seria: VAZIO. Quando eu estudava física passei a entender o vazio e arranjei, pra ele, um sinônimo: VÁCUO. Lá não tem ar, matéria, o som não se propaga... Porém, há pouco descobriu-se que o vácuo não existe. Nada no Universo conhecido pelo homem é totalmente vazio. E o interno de mim também não é. Existe um amor imenso, intenso, eterno e sem dono, que passeia aqui por dentro trombando nas paredes celulares, fluindo no meu sangue, se renovando em minhas trocas gasosas. No meu vazio, as colisões desse amor ecoam. Às vezes machucam, às vezes preenchem fendas. Às  vezes ele serve como anti-séptico e, às vezes, queima, gela, acalenta, tumultua... De tão imenso, nem o vazio do interno de mim impede que esse meu amor flutuante, viajante, fluido, barulhento, saia pelos poros, extravase minha derme, se molhe do meu suor e atinja um vazio alheio. Já dividi esse amor... mas a impressão que tenho

Origem

Detesto seu cheiro. Ele me dá nojo, medo, dor... A única coisa boa, sua, que tenho é um violão. Só que sinto seu cheiro o tempo todo, esse cheiro ruim, podre. E sinto mesmo estando meses sem te ver e, hoje, perdi o rumo ao perceber que esse seu cheiro está em mim. Sou parte de você. Talvez eu tenha herdado o seu pior.                                            Com exceção deste violão. Ao mesmo tempo que  te odeio, quero te ver... Preciso saber se você ainda respira, porque, mesmo de longe, sinto sua dor. Lembro seu odor... Percebo que sou suja, porque sou parte de você, podre de você. E o mais foda disso tudo é que eu te amo, pai. (escrito em agosto de 2008...e a dor, hoje, é idêntica)

Você

Paradoxo? Antítese? Cálida. Gélida. Tímida. Atriz. Amiga. Vilã. Doce. Amarga. Intensa. Superficial. Profunda. Efêmera... Pequena... Grande.. Eterna pra mim.

Palavras de lágrimas

Em vários momentos da vida, tive dores reais. Doeu quando levei uma pedrada no pé de uma briga que nem era minha... Doeu também quando bati a cabeça na trave do gol e desacordei. E doeu quando quebrou a garrafa de vidro em cima do meu anelar da mão esquerda... Foi assim também quando o Bóris, meu cachorro, fugiu... E foi árduamente doloroso quando pessoas especiais, pra mim, morreram. Hoje eu não sangro por fora. Ninguém morreu, ninguém fugiu... Mas dói... dói como se tudo se quebrasse aqui dentro... como se tudo se misturasse...ácido e base. De neutro, hoje, aqui dentro, não tem nada... Dói como se um dementador sugasse minha alegria, meu passado feliz... Dói como se o mundo desse cabeçadas em mim e toda dor de amor se concentrasse e fluísse em minhas veias... Dói como se não fosse passar, como se fôsse numa solitária com perímetro de pregos, cheiro de vômito, e veneno de tarântula, tudo em um metro quadrado, sem janela. Porém...como me sinto egoíst

acertando as contas...

e se eu digo que te quero é um querer que extrapola os poros, a pele, o toque. quero o seu todo. o que você respira, o que te alimenta, o que te permite sonhar... quero te permitir me ler, te permitir me ter além dos meus poros. falta só você pagar pra ver...

Existem coisas que nunca mudam na vida de uma mulher como eu:

Sentir  o gosto do seu beijo toda vez que alguém passa perto com o cheiro do seu perfume fazendo curva no vento. Olhar pro lado, perdida em lembranças eternas toda vez que  alguém pronuncia um mesmo nome que o seu. Comparar todo frio na barriga com a era glacial que você me fez sentir quando eu ainda acreditava na possibilidade de sermos felizes...juntos. Afirmar pro mundo que não te amo mais e já esperar olhares e sorrisos incrédulos. Porém... O que eles não sabem é que, pra uma mulher como eu você não passa de pegadas em trilha de areia que se desmancham com sopros. E eu amo sim... amo o que eu sentia por você. E sinto saudade é disso. Cada margarida que vejo na trilha é uma pegada sua que se demora mais em se esvair. Vi uma hoje.

Sussurro

Você me pede em casamento e eu sei que é só por um dia... Em 24 horas: flerte, namoro, casório, lua-de-mel e divórcio. E aceito assim desde que assim seja todo dia. Ainda quero viver um dia todo com você. Café da manhã, beijinho... Almoço, desenho animado na tarde, jantar, com vinho, café e cama, com o Sol do dia seguinte, anunciando o fim da noite sem sono que dividimos a sós. Suor, pele, carinho... Respiração, poros, caminho tateado por lábios... Anseio dormir no teu colo. Beijar tua nuca até me perder nos teus cabelos. Amiga, amante, confidente, ouvinte, mulher... assim sou tua... Caso com você quando quiser! Desde que seja por um dia... e no outro também. Sem planos, me permito ser com você. Ser menina, criança... Ser tua ainda que supostamente... Me alimente desse teu sorriso apaixonante! Dessa tua presença inebriante... Te deixo, hoje, um sussurro em forma de música:

Declaração de amor morto

Meus olhos falam. Gritam o desconexo, complexo, inconstante constantemente interno... e não mentem. Meu tato me traduz. Sou desejo inconcluso, difuso, confuso e eterno. Minha boca pendendo um sorriso torto canta, em silêncio, a tradução do grito... o sufoco aflito do meu amor morto. Acredito no infinto, porém. no eterno...no ciclo. E...ainda que não seja agora, será, seremos, somos, já fomos.

Pequena

Raiva não é palavra apropriada para o que me assola no momento. Não sinto raiva de você, nem sinto raiva de mim. Hoje calcei um salto e me senti pequena. Compreendi, sem dó nem ressalvas, que um amor tão grande quanto o meu pouco significa se ele não se reflete num espelho. A imagem do espelho não é idêntica, mas encaixa, combina, é sincrônica. De que me serve um amor tão grande se, racionalmente, pra mim, ele é péssimo? Me corrói um pouco a cada dia, destrói minha esperança, me arranca o otimismo, me entrega ao ostracismo. De que te serve ter esse amor tão grande se o que você reflete o ofusca? se seus poros não suportam, desse amor, sua expressão? se sua lógica divaga, pudor, amor, perversão... Me senti pequena... O amor que te tenho me estrapola... Está nas músicas que ouço, no gosto da pimenta do almoço, numa placa de caminhão, nos meus olhos que se perdem no firmamento buscando, achar ali, seu pensamento. O amor que te tenho está extra-pele...
O corpo se satisfaz de tesão, não de promessas.

Falando de perda e luto

Não é a primeira vez que escrevo sobre a nostalgia em relação aos meus treze anos. Foi ano que tive a pior perda da minha vida. Insuperável. Foi o ano que amei com todo o amor que eu podia ter sem medo de dar a alguém. Também supus ter as melhores e inseparáveis amigas, bem como a segurança de um lar. Fui segura. Nunca fui tão mulher, tão personalidade forte quanto em 1999. E eu tinha 13 anos. Digo que a perda foi insupeável no sentido de que nada, nada que eu perca agora ou que eu tenha perdido antes se compara à perda da minha mãe avó. A dor...eu superei. Depois disso, nada me mata mais por dentro. É claro que existem coisas e pessoas que me maltratam, me deixam de mal comigo e com o mundo alguns dias... mas nada conseguirá me matar por dentro. Naquele ano me tornei fênix. Os motivos são simples para isso ter acontecido. A única certeza que se confirmou, foi a da perda insuperável. O ano passou e eu não amei. não tinha amigas. e minha família... (reticênci

Pedido

Não sei o que você tem que me faz querer te ver, te ouvir, em um raio de quilômetros. Talvez seja seu sorriso largo, espontâneo, presente nos seus olhos. Talvez, sejam esses olhos que, rindo, me escondem um mundo... Pode até mesmo ser essa suposta força que, misteriosamente, pede uma mão pra caminhar junto. Eu, com meus defeitos, pileques, insanidades inconsequentes... Com meu sorriso, meu abraço e meu cheiro... Espero que me permita ter você. Espero abraçar, me perder da tristeza quando te encontrar. Espero ser em noite de lua cheia, pra fazer do céu canção pontuada de estrela. Espero me deixar ser criança com você, brincar, correr, rolar... Também quero ser sua mulher traduzida em tato, beijo e suor. Só te peço para não fugir antes de voar comigo pela primeira vez. "Vamos viver tudo que há pra viver... Vamos nos permitir..."

Calor de noite fria

Noite fria... Blusa de gola aquece teu pescoço, o rubor do frio ataca teu rosto e eu, me entregando à uma sutil imaginação, rompo a distância que nos separa só pra te tocar. Noite fria... e eu queria ser o vento que, teu rosto, toca... queria ser a gola que envolve tua nuca... a blusa que te abraça, a calça que te esquenta e a meia que beija teus pés. Te permitiria se vestir de mim. Se aquecer de mim, se cobrir de mim, suar comigo. O vento em teu rosto - minhas mãos, passeando, se emaranhando em cabelos. A gola da tua blusa - minha língua, apoiada em lábios quentes que, de tão quentes, entorpecem e arrepiam. Tua blusa - meus seios, num tocar de peles macias que, por si só, se envolvem. Tuas calças... Coxa minha, calor entre as coxas minhas, meu suor no seu. Beijo teus pés com os meus, anunciando que, o que aquece nuca tua, caminhará por você...nua. até a sola dos teus pés alcançar.

Meu norte em movimento

Seu jeito... possui um perfeito encaixe com o meu, como mão e luva, fogueira no breu. Seus olhos... aos meus, emitem e refletem brilho intenso, disfarçando a fuga, dos meus, pra sua boca. Dela sai o sorriso mais delicioso que presenciei, que confundiu meus sentidos... Não sei se ouço, vejo ou sinto. Ao seu lado eu sou mais eu, minha pluralidade volta à tona, sou menina, moleca, mulher... sou sua...e sou muito mais minha. Aos poucos me desfaço das amarras, me liberto pra você. Temo, no entanto, a perda do meu bom senso, uma tomada de cegueira e amnésia em relação aos seus sentidos...que são dela. Mistura seu destino com o meu... Permita minha liberdade misturar na sua e eu quero ser sua, te ver voar tendo a certeza que meu sorriso espera seu pouso, que meu abraço é seu, que meu desejo é seu... Parece que meus sonhos desenharam você pra mim. Hoje, eu só quero que os seus sonhos não me acordem.

Dia de chuva, sem chover

Precisava de chuva hoje. de cheirar chuva me molhar nela me lavar, me levar... Talvez, assim, meu olfato esqueceria seu cheiro, minha pele não mais desenharia seu tato e, na minha lembrança recente, ficaria o som da chuva e não o barulho sutil do vento em suas pálpebras. O que dói não é seu desprezo. Não espero te ter de novo. Acabou. Dói, no entanto, lembrar você... lembrar seu sorriso, seu gosto, ler mafalda no seu colo, te chamar de insuportável (eu sempre tentei fugir do que eu sentia, nunca suportei pensar tanto em você). Dói lembrar das conversas de meias frases que diziam tudo de uma vida inteira. Lembrar seu beijo naquele dia em que levei chuva pra esse deserto onde você mora. Hoje tenho um nó na garganta. Engoli todas as lágrimas que quiseram cair. Engoli litros. Não saberei fingir que sou sua amiga sem lembrar, sem te abraçar como aquela despedida de rodoviária. A partir de agora, cada estada com você é um cigarro novo. Receio poder me a

(in) constância

Se minha vida, de fato, é um ciclo, hoje seria o dia de queimar todos os meus devaneios. O mundo, no entanto, está cada vez mais globalizado e, queimar devaneios e te manter em redes sociais, não é queimar você em mim. E eu tenho cicatriz de apenas uma queimadura passada, porém, ela não me incomoda...está escondida, é totalmente indolor... Acontece de, às vezes, meus olhos trombarem com ela e eu, por um lapso de instante, considerar a existência "dele". Hoje me permito às comparações, pois são as experiências que mais se parecem na minha vida. Não cabe a mim decidir não mais senti-las por outros, mas não irei repeti-las com os mesmos. Da primeira, me curei. A segunda...a cura virá em menos tempo! Sei pelos sinais... Aprendi a perceber quando meu pensamento começa a vagar em outro território de possibilidades. Me conheço mais agora e, como diria Renato Russo: "nada é fácil, nada é certo não façamos do amor algo desonesto. Quero ser prudente e

Preparar para a despedida (tô no ritmo de festa junina...rs)

As músicas são as mesmas e o incenso também. A diferença são as lágrimas que resolveram não aparecer hoje. Apesar do aperto no peito, o que dói é algo que está por partir. O sentimento é o mesmo de doze anos atrás, mas a pessoa é diferente e minha maturidade também. A paciência, no entanto, não é mais confundida com esperança e o desafio é deixar você ir. Vai. Não preciso mais de você. Se o motivo de estar na minha vida era ter em quem pensar antes de dormir, o palco dos meus sonhos,hoje, tem vários personagens e estou prestes a eleger outro como principal. Sim...eu vou dirigir toda a cena agora. Luz Câmera Tchau.

Liih

É na madrugada que me esccondo. Me escondo de mim, dos medos, dos sonhos. Hoje você me encontrou e ainda que eu tente me encobrir foi no seu sorriso que me achei.. mas me perdi no seu olhar. Uma das coisas que, às vezes, penso que não deveria existir é a distância... Mesmo temperando os sonhos, ela provoca o engasgar do desejo, o restringe à especulação.. Mas hoje te li nas entrelinhas no trepidar dos seus cílios na ambiguidade discreta de sua língua. Já te quero. simples assim.

Sua

O problema, acho, são meus sonhos... Me perco neles e esqueço que você é real. Sim. Eu beijei sua boca, me perdi na sua língua, escorreguei no seu tato, confundi o vento com seu cheiro e a umidade do ar com seu suor... É... enlouqueci com o reflexo do seu sorriso nos meus olhos e com a cor dos seus olhos brilhando nos meus... Amo essa sua essência... ela me inebria, me confunde e me encanta. Enxergo uma criança frágil, pro trás de toda essa firmeza, tem alguém que se perde em si, se perde no mundo, nas escolhas.. só não se perde e nem se encontra em mim. Tá aí o problema dos meus sonhos. Você é mesmo real... mas não me quer, apesar de me ter.

Now...

Estou deixando que você adormeça e que fique, pra mim, só lembrança, só saudade; e que sua presença, a partir de então, seja exatamente como algo que dorme. Ainda não dormiu, mas estou deixando que adormeça. Só não sei quanto tempo isso vai levar, nem quanto vai durar... nem sei se gostaria de te ver acordar um dia.

nós

Uma imagem que me marcou hoje foi sua cadeira vazia, com seu violão, solto, ao lado. essa imagem se congelou, pra mim, e me trouxe vários significados. Mesmo sem sua presença sei que o espaço é seu. E o violão solto, mudo, me dizia só com a existência, que num passado recente, esteve no meu colo... Você, sem emitir um som sequer, me deixa palavras soltas com o olhar... são soltas pra você e pra mim. às vezes com significados obscuros. Não sei se suas lágrimas foram por mim, por você ou por ela. mesmo com caneta de quadro branco, essa tatuagem, em mim, será eterna.

Da distância

Tenho pensado no significado da distância entre nós. Ela é perfeita. Pra você e pra mim. Não me assumo, nem a mim, muito menos assumo o que sinto por você! Assim, a distância mantem o controle, não deixa eu me perder, me impede de gritar pro mundo a intensidade de... de tudo isso. Você e sua suposta autosuficiência, a distância também mantem. Perto de mim, talvez, se tornaria frágil... Já assumiu que acertei quanto aos seus medos. Não custaria, pra mim, identificar o vulnerabilidade atrás desses olhos... Seus olhos! Meu maior pesar da distância é não vê-los além do plano virtual escuro. Sentindo seu hálito eu costumo fugir deles... Medo. Tenho medo de me entregar e acabar. Pelo menos assim, a gente se mantem. Distante. Mas se mantem... Eu te acordo e você cuida de mim. Eu te faço rir...e você, ah...você faz por mim, e comigo, coisas que nem eu mesma saberia descrever!

negação

De forma consciente, eu não te amo não. Cada suspiro é de lembrança... Lembro seu sorriso, seu cheiro que varia de acordo com o sabonete do banheiro, mas em você, é peculiar, sutil e maravilhoso! Lembro seus olhos e seu olhar em mim, me fazendo tantas perguntas, e todos os meus receios em respondê-las... Lembro nossas conversas em silêncio... e eu entendo tudo o que me diz assim... acho que você finge que não, mas sabe tudo o que digo quando olho pra você. Lembro nosso beijo com chuva. O colo que você sabe me dar... E, tem razão...com você eu sou pequena... me aninho perfeitamente em seus braços, como se eles fossem feitos para me caber. Cada suspiro, dói e arranca risos de canto de boca. Reparou que temos manias semelhantes? Nossas bocas combinam no riso de lado, no toque entre ambas, e no trancar ao pensar em dizer a verdade do que sentimos um pelo outro. Sim, troco os artigos quando escrevo devaneios sobre você. Fujo de mim quando o suspiro me faz pensar na possibilidade de sentir a

escola administrativa

Voltei à época da produção industrial de devaneios... em larga escala. escrevo todo dia, as palavras, praticamente, se misturam nas esteiras num sistema just in time . Você pede e eu escrevo. Seus pedidos não são explícitos, nem sempre se vestem de pedidos... E eu tenho me vestido de você. Coloco seu sorriso na memória e me maqueio pra te ver. lembro seu tato e me hidrato. Seus dentes mordem seus lábios, eu surjo com um vestido e um decote. Você nem tá aqui perto pra ver, mas me visto de e para você. Tentando fugir da comparação inevitável, quando eu escrevia assim? quando julguei amar, de fato. quando julguei ser eterno e único um sentimento que até durou anos... mas não era por você! Daí você vem... Cabeça gira nas esteiras de palavras. memória viaja no seu beijo; na lembrança da sua nuca na minha boca; de um abraço de despedida sem querer fim; de um bilhete escondido na minha bolsa; da minha gaita recebendo sua saliva; da minha voz no seu violão... da indecência escancarada da sua l

Tenso...

Ou... Puta que pariu! é...merece palavrão! me peguei babando no seu sorriso pela web... posso me enganar, mas seu olho brilhava enquanto eu babava! te gosto "little"...e é muito, viu? e te quero também.

estrela?

O cúmulo da esperança é fazer pedido pra avião fingindo ser estrela cadente. É...fiz isso hoje... coisa que nem criança faz(suponho). Talvez eu não queira revelar o que pedi. Mas..se não, por que estaria escrevendo? Pra provar que sei rimar? Não...desta vez não me importa a rima, muito menos a métrica... Me importa a ibecilidade da situação: eu, pedindo ao rastro do avião pra não tirar você daqui. Esse "aqui" não é necessariamente o espaço mas o tempo. No espaço estamos longe... No entanto o tempo a gente tem dividido..mais do que com quem tá perto... Sinto que me perderei longe da distância, que diminui quando passo o tempo com você. Isso é antecipar... e, foi por antecipar que pedi ao avião! Isso deve ser coisa de pós modernidade! Pena que o avião já foi... Agora, me peguei pedindo a mim mesma que acredite que um dia te farei sentir que a luz de uma estrela só tem sentido, se olharmos e tivermos alguém pra pensar... que coração só existe quando guarda outro. que olhos só br

Depoimento (em off) no orkut

Disgramado! rs Cada dia não sei se agradeço ou brigo com Deus por te colocar no meu caminho... Não te deixo definir, em mim, nem cores, nem nada. Me deixei perder... Na verdade, eu tô fugindo de mim e do que eu sinto por você. Ainda não parei pra definir o que sinto, nem quero isso! Eu só queria gostar de você como mais um bom amigo...(doce ilusão)! te gosto como homem. ...e acho que te amo. (mas a gente pode amar os amigos. essa é minha esperança)

Mas que belleza (de ironia...)

Não tenho você e não tenho tempo. Dou graças por isso. Imagino que se tivesse tempo, sem você, minha dor aumentaria ao cubo e várias tentativas minhas morreriam em não. E se eu tivesse você sem tempo, putz! tortura...ter sem ter. Não tenho você e não tenho tempo. Ainda assim me acabo um pouco todo dia na lembrança do tato dos seus lábios na minha pele... Meu querer é todo seu. Minha noite morre em breu cada vez que percebo o vazio que dorme comigo. Eu o percebo todo dia... e não tenho tempo. Não ter você dói. Te quero; com um querer abominável e desesperador, mas que se transforma em acalento e amor quando se desfaz nos teus braços. Não tenho você e não tenho tempo. Assim, vou me desfazendo aos poucos.
O pior da vida é desejar loucamente aquilo que não se quer.

decantando

Eu acho que, agora, queria compor uma música pra você. Bem...nem sei se seria mesmo pra você, talvez, seria sobre mim e o que de mim é seu. Eu poderia, agora, escrever um poema com métrica, rima e muito amor nas entrelinhas; mas..falar de mim quando eu me misturo com você, não parece simétrico, não parece possível, não parece bonito, e nos desaparecemos entre as linhas... Na verdade, o que eu quero agora é você. Sujo, insano, impuro, injusto, indigno. Adjetivos que estão por trás do que você se revela, pela própria fala que te descreve. Foi bom ler isto? Te trouxe conforto? Se sim...vou dar um jeito de te esquecer.

novo?

Retumba, em mim, soluços de choro. Não sei se de alívio ou de agonia. Quando começo a escrever assim, até eu tenho preguiça... drama? novo? de novo? Pior...é que acho que agora é novo sim. Me apaixonei por você. e as convenções proibem... lembro sua boca, nosso beijo... e uma saudade doída bate aqui dentro! Noite de lua cheia e eu querendo ver tudo claro com você... lá de cima. Cresça comigo. Abandone esse seu medo... Você briga, nega, mas morre de medo. Às vezes acho que de mim.. outras penso que é de você. Sei que guardas algo lindo, puro Penso, porém, que nada disso me pertence. e eu acho que amo você. e isso dói. as regras não permitem e você me nega. Ninguém nunca me tocou assim. internamente literalmente inteiramente Drama? mas este é novo. Pretendo andar de escudos por você. Ainda vamos voar "together".