Postagens

Mostrando postagens de junho, 2010

Dia de chuva, sem chover

Precisava de chuva hoje. de cheirar chuva me molhar nela me lavar, me levar... Talvez, assim, meu olfato esqueceria seu cheiro, minha pele não mais desenharia seu tato e, na minha lembrança recente, ficaria o som da chuva e não o barulho sutil do vento em suas pálpebras. O que dói não é seu desprezo. Não espero te ter de novo. Acabou. Dói, no entanto, lembrar você... lembrar seu sorriso, seu gosto, ler mafalda no seu colo, te chamar de insuportável (eu sempre tentei fugir do que eu sentia, nunca suportei pensar tanto em você). Dói lembrar das conversas de meias frases que diziam tudo de uma vida inteira. Lembrar seu beijo naquele dia em que levei chuva pra esse deserto onde você mora. Hoje tenho um nó na garganta. Engoli todas as lágrimas que quiseram cair. Engoli litros. Não saberei fingir que sou sua amiga sem lembrar, sem te abraçar como aquela despedida de rodoviária. A partir de agora, cada estada com você é um cigarro novo. Receio poder me a

(in) constância

Se minha vida, de fato, é um ciclo, hoje seria o dia de queimar todos os meus devaneios. O mundo, no entanto, está cada vez mais globalizado e, queimar devaneios e te manter em redes sociais, não é queimar você em mim. E eu tenho cicatriz de apenas uma queimadura passada, porém, ela não me incomoda...está escondida, é totalmente indolor... Acontece de, às vezes, meus olhos trombarem com ela e eu, por um lapso de instante, considerar a existência "dele". Hoje me permito às comparações, pois são as experiências que mais se parecem na minha vida. Não cabe a mim decidir não mais senti-las por outros, mas não irei repeti-las com os mesmos. Da primeira, me curei. A segunda...a cura virá em menos tempo! Sei pelos sinais... Aprendi a perceber quando meu pensamento começa a vagar em outro território de possibilidades. Me conheço mais agora e, como diria Renato Russo: "nada é fácil, nada é certo não façamos do amor algo desonesto. Quero ser prudente e

Preparar para a despedida (tô no ritmo de festa junina...rs)

As músicas são as mesmas e o incenso também. A diferença são as lágrimas que resolveram não aparecer hoje. Apesar do aperto no peito, o que dói é algo que está por partir. O sentimento é o mesmo de doze anos atrás, mas a pessoa é diferente e minha maturidade também. A paciência, no entanto, não é mais confundida com esperança e o desafio é deixar você ir. Vai. Não preciso mais de você. Se o motivo de estar na minha vida era ter em quem pensar antes de dormir, o palco dos meus sonhos,hoje, tem vários personagens e estou prestes a eleger outro como principal. Sim...eu vou dirigir toda a cena agora. Luz Câmera Tchau.

Liih

É na madrugada que me esccondo. Me escondo de mim, dos medos, dos sonhos. Hoje você me encontrou e ainda que eu tente me encobrir foi no seu sorriso que me achei.. mas me perdi no seu olhar. Uma das coisas que, às vezes, penso que não deveria existir é a distância... Mesmo temperando os sonhos, ela provoca o engasgar do desejo, o restringe à especulação.. Mas hoje te li nas entrelinhas no trepidar dos seus cílios na ambiguidade discreta de sua língua. Já te quero. simples assim.