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Mostrando postagens de julho, 2010

Falando de perda e luto

Não é a primeira vez que escrevo sobre a nostalgia em relação aos meus treze anos. Foi ano que tive a pior perda da minha vida. Insuperável. Foi o ano que amei com todo o amor que eu podia ter sem medo de dar a alguém. Também supus ter as melhores e inseparáveis amigas, bem como a segurança de um lar. Fui segura. Nunca fui tão mulher, tão personalidade forte quanto em 1999. E eu tinha 13 anos. Digo que a perda foi insupeável no sentido de que nada, nada que eu perca agora ou que eu tenha perdido antes se compara à perda da minha mãe avó. A dor...eu superei. Depois disso, nada me mata mais por dentro. É claro que existem coisas e pessoas que me maltratam, me deixam de mal comigo e com o mundo alguns dias... mas nada conseguirá me matar por dentro. Naquele ano me tornei fênix. Os motivos são simples para isso ter acontecido. A única certeza que se confirmou, foi a da perda insuperável. O ano passou e eu não amei. não tinha amigas. e minha família... (reticênci

Pedido

Não sei o que você tem que me faz querer te ver, te ouvir, em um raio de quilômetros. Talvez seja seu sorriso largo, espontâneo, presente nos seus olhos. Talvez, sejam esses olhos que, rindo, me escondem um mundo... Pode até mesmo ser essa suposta força que, misteriosamente, pede uma mão pra caminhar junto. Eu, com meus defeitos, pileques, insanidades inconsequentes... Com meu sorriso, meu abraço e meu cheiro... Espero que me permita ter você. Espero abraçar, me perder da tristeza quando te encontrar. Espero ser em noite de lua cheia, pra fazer do céu canção pontuada de estrela. Espero me deixar ser criança com você, brincar, correr, rolar... Também quero ser sua mulher traduzida em tato, beijo e suor. Só te peço para não fugir antes de voar comigo pela primeira vez. "Vamos viver tudo que há pra viver... Vamos nos permitir..."

Calor de noite fria

Noite fria... Blusa de gola aquece teu pescoço, o rubor do frio ataca teu rosto e eu, me entregando à uma sutil imaginação, rompo a distância que nos separa só pra te tocar. Noite fria... e eu queria ser o vento que, teu rosto, toca... queria ser a gola que envolve tua nuca... a blusa que te abraça, a calça que te esquenta e a meia que beija teus pés. Te permitiria se vestir de mim. Se aquecer de mim, se cobrir de mim, suar comigo. O vento em teu rosto - minhas mãos, passeando, se emaranhando em cabelos. A gola da tua blusa - minha língua, apoiada em lábios quentes que, de tão quentes, entorpecem e arrepiam. Tua blusa - meus seios, num tocar de peles macias que, por si só, se envolvem. Tuas calças... Coxa minha, calor entre as coxas minhas, meu suor no seu. Beijo teus pés com os meus, anunciando que, o que aquece nuca tua, caminhará por você...nua. até a sola dos teus pés alcançar.

Meu norte em movimento

Seu jeito... possui um perfeito encaixe com o meu, como mão e luva, fogueira no breu. Seus olhos... aos meus, emitem e refletem brilho intenso, disfarçando a fuga, dos meus, pra sua boca. Dela sai o sorriso mais delicioso que presenciei, que confundiu meus sentidos... Não sei se ouço, vejo ou sinto. Ao seu lado eu sou mais eu, minha pluralidade volta à tona, sou menina, moleca, mulher... sou sua...e sou muito mais minha. Aos poucos me desfaço das amarras, me liberto pra você. Temo, no entanto, a perda do meu bom senso, uma tomada de cegueira e amnésia em relação aos seus sentidos...que são dela. Mistura seu destino com o meu... Permita minha liberdade misturar na sua e eu quero ser sua, te ver voar tendo a certeza que meu sorriso espera seu pouso, que meu abraço é seu, que meu desejo é seu... Parece que meus sonhos desenharam você pra mim. Hoje, eu só quero que os seus sonhos não me acordem.