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Mostrando postagens de fevereiro, 2009

Parte de mim

Alice Ayres Sim, eu sou a inconstância a tormenta invisível de um mar sem céu de lua sem Sol de luz sem olhar Sim, eu sou mulher tecida em ciúmes, vontades e consumo sou como os ventos da madrugada fria que conseguem cortar e, dialéticamente, aquecer almas que se perdem corpos que se entregam por prazer e morrem por desgosto Queria ser eu, mas sou menina ainda possessiva, ingênua e mimada... Quero voltar pro nosso mundo... lá sou sua sem medo sem ciúme, posse, consumo nem desgosto. Escrto em 25/07/2007

Metada bivitelina não fraterna (ou será?)

Alice Ayres Não procuro mais. simplesmente espero espero você voltar pra mim e você vai voltar pra mim Não busco mais. simplemsmente encontro encontro a forma de "sair dessa" encontro a minha forma encontro a mim. e eu... eu te espero e te encontro em mim apenas em mim Não conheço seu rosto seu tato, não sei se é rude ou macio mas te quero te quero e sei sei que serei muito mais e serei muito mais eu quando você voltar... escrito em dezembro de 2006

"..."

Alice Ayres Das palavras escritas, sinto falta. Sinto falta do tempo esse passar de horas está cada dia mais curto e nenhuma mão me desata Estou amarrada a mim meu céu, meu inferno e eu sem nem ter legião pra ouvir nesse curto passar de horas longas... São cheiros que ouço, sons que tateio, calor que vejo da imagem que sinto sem gosto. Antes me sentia apta a alcançar o Sol, beijar a lua por você... A lua...que iluminava o escuro, aquilo que antes me fazia bem. Tenho medo do negro. O que antes me completava, hoje me assusta. Minto até pra lua. Cansei de mentir pra mim, no entanto. Cansei do desencanto de não andar em pranto e abafar meu canto. Antes eu tinha o mundo aos meus pés. Hoje sou a sola de quem julga ter pés para o mundo e a falta que sinto de mim mesma não me deixa lutar Deixei de sonhar... Morri. Escrito em algum dia escuro do ano de 2005

a carência e o vôo

Alice Ayres Tenho batido asas todos os dias vôo sempre para os mesmos lugares dentro e fora de mim e isso me causa uma angústia terrível tão terrível que eu mesmo a enxergo como carência. Carência do que não vivi, do que vivi sem aproveitar, de você... nem sei mais se já o tenho... ou se ainda virá. Quero poder voar com você sem derramar lágrimas nem de frio nem de dor...