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Mostrando postagens de agosto, 2011

Dicotomia

Será que um dia eu vou conseguir entender por que insisto em continuar acreditando nessas mentiras tão reais que invento? Será que vou ter coragem de arriscar o que tenho, o que me sufoca, o que eu definitivamente não quero, pra experimentar voar do meu jeito lá longe? Seria fuga? e se fosse, seria problema? pra quem? Será que um dia acordarei livre de tantas culpas das quais me apropriei sem ninguém me oferecer? e será que eu vou esperar você ir embora pra eu me desamarrar de mim mesma e assumir pro mundo (o meu) que você foi uma das poucas coisas realmente boas, realmente humanas, realmente sóbrias, ternas e, dicotomicamente, tátil e etérea que me aconteceu? Eu sou uma criança mimada e com muito medo do escuro.