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Mostrando postagens de dezembro, 2010

Ecos

Na minha inexatidão, passeio pela curva das dúvida, pela transparência da mentira que inventei pra me aceitar. Não sou santa...nem perfeita; e quero o mundo. Rabisco fronteiras finas com giz de cera quebrado. Minh'alma labirinto não cabe em mim e eu, no meu eu, me afundo Jogo dados no infinito, aflito destino que me cerca, maldito tempo que resseca a pele.

Boomerang

vai. te prender é algo que eu não faria. vem... eu aceito. vai, porque você aqui dói. vem, já que você longe dói mais. vai! não suporto a indecisão! vem, porque a suposição, na sua ausência, me mata aos poucos... vai. não te quero mais! mas...vem, porque eu não te quero menos... aceito o vai e vem. o foda é que desde criança eu  sempre soube que boomerangs são capazaes de decapitar pessoas.

o que escorre

Se chove o cheiro muda o ar umidece a rua esvazia minha boca emudece. E o novo, de novo, não sei se quero mais. O passado é tão mais seguro... e o que tem em mim de obscuro eu reinvento. Pensamento vai se esvai em asas loucas conexões absurdas vozes roucas frases curtas vento na pele desmancha o suor do meu esforço pra esquecer. Me reinvento sozinha sem arrependimento. Me molho da chuva me escorro com ela... Arranhando meu corpo no caminho, as marcas ficam. Me deixo estar, então. Que seja!