estrela?
O cúmulo da esperança
é fazer pedido pra avião
fingindo ser estrela cadente.
É...fiz isso hoje...
coisa que nem criança faz(suponho).
Talvez eu não queira revelar o que pedi.
Mas..se não, por que estaria escrevendo?
Pra provar que sei rimar?
Não...desta vez não me importa a rima,
muito menos a métrica...
Me importa a ibecilidade da situação:
eu, pedindo ao rastro do avião
pra não tirar você daqui.
Esse "aqui" não é necessariamente o espaço
mas o tempo.
No espaço estamos longe...
No entanto o tempo a gente tem dividido..mais do que com quem tá perto...
Sinto que me perderei longe da distância, que diminui quando passo o tempo com você.
Isso é antecipar...
e, foi por antecipar que pedi ao avião!
Isso deve ser coisa de pós modernidade!
Pena que o avião já foi...
Agora, me peguei pedindo a mim mesma que acredite
que um dia te farei sentir
que a luz de uma estrela só tem sentido, se olharmos e tivermos alguém pra pensar...
que coração só existe quando guarda outro.
que olhos só brilham pra refletir um sorriso...
que barriga só esfria prestes a se esquentar em outra barriga gelada.
Mesmo que exista a fuga,
por mais que a intensidade do amor varie...
é amor.
estranho amor.
e quando o amor é normal?
o desvio padrão dessa curva nunca é padrão.
ainda que sob um viés fraterno,
pedi ao avião que você me amasse.
pedi, também, um outro beijo...
e..tem mais...
pedi pra te sentir tremer ao me ver de novo...sei que isso aconteceu da última vez, ainda que você negue.
Pedi pra sentir uma mão ansiosa, suada e perdida debaixo de uma mesa, tateando meu tato.
e pedi, ainda, a indecência sutil de um beijo no quadril...
Queria te por no colo...por trás dessa "pequena" braveza, queria poder te dar colo, carinho e beijo...
isso te enjoaria rápido, mas me disponho a dar em doses homeopáticas, pra você sentir falta...tais doses poderiam durar nanosegundos, mas não deixariam de acontecer...
Queria poder invadir sua intimidade com minha língua...
tantas e quantas vezes o desejo permitir,
despudorado desejo!
Te quero...
E sei que todo o furor dessas palavras pode provocar uma ausência:
sua de mim
ou sua de si mesmo
ou talvez até minha de mim mesma!
Não pense você que as coisas não me assustam!
Acho que (respondendo a uma pergunta sua) minhas cores são de Almodóvar.
Intensas e sutis
Eternas e fulgazes
Roubam a cena, têm presença...
mas podem se acabar em duas horas,
ainda que numa tela grande.
Mas o melhor...elas têm movimento.
Minha inconstância é assim...
O problema é que essas duas horas ficam na memória
e adoro lembrar
toda vez que lembro, sinto.
te sinto assim também.
eu gosto das lembranças...
de poucas horas.
não espero futuro...
apesar de pedir ao avião!
Mas...a esperança é de que as coisas se repitam,
não que se eternizem no tempo concreto do cotidiano de uma vida.
Me satisfarei de lembranças...
estas não amarram.
A luz de uma estrela permanece depois da sua morte;
e é vista, ainda que não exista, é sentida...
eu sinto.
é fazer pedido pra avião
fingindo ser estrela cadente.
É...fiz isso hoje...
coisa que nem criança faz(suponho).
Talvez eu não queira revelar o que pedi.
Mas..se não, por que estaria escrevendo?
Pra provar que sei rimar?
Não...desta vez não me importa a rima,
muito menos a métrica...
Me importa a ibecilidade da situação:
eu, pedindo ao rastro do avião
pra não tirar você daqui.
Esse "aqui" não é necessariamente o espaço
mas o tempo.
No espaço estamos longe...
No entanto o tempo a gente tem dividido..mais do que com quem tá perto...
Sinto que me perderei longe da distância, que diminui quando passo o tempo com você.
Isso é antecipar...
e, foi por antecipar que pedi ao avião!
Isso deve ser coisa de pós modernidade!
Pena que o avião já foi...
Agora, me peguei pedindo a mim mesma que acredite
que um dia te farei sentir
que a luz de uma estrela só tem sentido, se olharmos e tivermos alguém pra pensar...
que coração só existe quando guarda outro.
que olhos só brilham pra refletir um sorriso...
que barriga só esfria prestes a se esquentar em outra barriga gelada.
Mesmo que exista a fuga,
por mais que a intensidade do amor varie...
é amor.
estranho amor.
e quando o amor é normal?
o desvio padrão dessa curva nunca é padrão.
ainda que sob um viés fraterno,
pedi ao avião que você me amasse.
pedi, também, um outro beijo...
e..tem mais...
pedi pra te sentir tremer ao me ver de novo...sei que isso aconteceu da última vez, ainda que você negue.
Pedi pra sentir uma mão ansiosa, suada e perdida debaixo de uma mesa, tateando meu tato.
e pedi, ainda, a indecência sutil de um beijo no quadril...
Queria te por no colo...por trás dessa "pequena" braveza, queria poder te dar colo, carinho e beijo...
isso te enjoaria rápido, mas me disponho a dar em doses homeopáticas, pra você sentir falta...tais doses poderiam durar nanosegundos, mas não deixariam de acontecer...
Queria poder invadir sua intimidade com minha língua...
tantas e quantas vezes o desejo permitir,
despudorado desejo!
Te quero...
E sei que todo o furor dessas palavras pode provocar uma ausência:
sua de mim
ou sua de si mesmo
ou talvez até minha de mim mesma!
Não pense você que as coisas não me assustam!
Acho que (respondendo a uma pergunta sua) minhas cores são de Almodóvar.
Intensas e sutis
Eternas e fulgazes
Roubam a cena, têm presença...
mas podem se acabar em duas horas,
ainda que numa tela grande.
Mas o melhor...elas têm movimento.
Minha inconstância é assim...
O problema é que essas duas horas ficam na memória
e adoro lembrar
toda vez que lembro, sinto.
te sinto assim também.
eu gosto das lembranças...
de poucas horas.
não espero futuro...
apesar de pedir ao avião!
Mas...a esperança é de que as coisas se repitam,
não que se eternizem no tempo concreto do cotidiano de uma vida.
Me satisfarei de lembranças...
estas não amarram.
A luz de uma estrela permanece depois da sua morte;
e é vista, ainda que não exista, é sentida...
eu sinto.
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