Topo do mundo nem sempre é olhar do alto.
Às vezes é olhar pra baixo. E querer pular.
Nunca acreditei ter asas…
Nem pra subir, nem pra descer.
Cheguei no topo com as mãos sangrando
E pulei.
Pulei porque vi você lá embaixo
E me lembrei que eu sou das profundezas…
Quis tocar você, e quis voltar pra mim
Mas o abismo tem textura de infinito
E eco de solidão.
E caio.
Sem te ter, me perco
Ensaio uma outra música, mas só sei o refrão
Repetindo que você não tem culpa…
Na queda, seu rosto se perde
Lá longe, onde jamais estive
Onde, talvez, eu só chegue morta
De remorso
De medo
De sonho
De desejo
De ilusão.
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