Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2010

Declaração de amor morto

Meus olhos falam. Gritam o desconexo, complexo, inconstante constantemente interno... e não mentem. Meu tato me traduz. Sou desejo inconcluso, difuso, confuso e eterno. Minha boca pendendo um sorriso torto canta, em silêncio, a tradução do grito... o sufoco aflito do meu amor morto. Acredito no infinto, porém. no eterno...no ciclo. E...ainda que não seja agora, será, seremos, somos, já fomos.

Pequena

Raiva não é palavra apropriada para o que me assola no momento. Não sinto raiva de você, nem sinto raiva de mim. Hoje calcei um salto e me senti pequena. Compreendi, sem dó nem ressalvas, que um amor tão grande quanto o meu pouco significa se ele não se reflete num espelho. A imagem do espelho não é idêntica, mas encaixa, combina, é sincrônica. De que me serve um amor tão grande se, racionalmente, pra mim, ele é péssimo? Me corrói um pouco a cada dia, destrói minha esperança, me arranca o otimismo, me entrega ao ostracismo. De que te serve ter esse amor tão grande se o que você reflete o ofusca? se seus poros não suportam, desse amor, sua expressão? se sua lógica divaga, pudor, amor, perversão... Me senti pequena... O amor que te tenho me estrapola... Está nas músicas que ouço, no gosto da pimenta do almoço, numa placa de caminhão, nos meus olhos que se perdem no firmamento buscando, achar ali, seu pensamento. O amor que te tenho está extra-pele...
O corpo se satisfaz de tesão, não de promessas.