escola administrativa
Voltei à época da produção industrial de devaneios... em larga escala. escrevo todo dia, as palavras, praticamente, se misturam nas esteiras num sistema just in time . Você pede e eu escrevo. Seus pedidos não são explícitos, nem sempre se vestem de pedidos... E eu tenho me vestido de você. Coloco seu sorriso na memória e me maqueio pra te ver. lembro seu tato e me hidrato. Seus dentes mordem seus lábios, eu surjo com um vestido e um decote. Você nem tá aqui perto pra ver, mas me visto de e para você. Tentando fugir da comparação inevitável, quando eu escrevia assim? quando julguei amar, de fato. quando julguei ser eterno e único um sentimento que até durou anos... mas não era por você! Daí você vem... Cabeça gira nas esteiras de palavras. memória viaja no seu beijo; na lembrança da sua nuca na minha boca; de um abraço de despedida sem querer fim; de um bilhete escondido na minha bolsa; da minha gaita recebendo sua saliva; da minha voz no seu violão... da indecência escancarada da sua l